segunda-feira, 22 de março de 2010

[Review] The Killers - Hot Fuss

Ontem, recebi o presente do meu primo que está morando na Austrália, depois de uns 3 meses na casa da minha tia, ela finalmente veio até em casa e me entregou o presente. O pior que eu não esperava, fui pego de surpresa e uma surpresa realmente agradável. Uma camiseta do The Killers, edição limitada do Hot Fuss, com uma estampa do single Mr. Brightside nas costas!

Com um presente desses, tive que ouvir de novo o album que há um tempo não ouvia e vim aqui então fazer um review dele.



Falar do Hot Fuss é muito fácil, posso descrevê-lo em 2 palavras: obra-prima!
Um album de estreia genial! Daqueles que você ouve de cabo a rabo e fica até triste quando percebe que ele está acabando. Os fãs de The Killers se dividem nas opiniões, muitos acham esse o melhor album da banda, outros veem um amadurecimento em Sam's Town e o credeciam como o Joshua Tree dos anos 2000. Para mim, o Hot Fuss é insuperável, o Sam's Town é um bom album, o Day & Age também é bom, mas não se comparam, quando você pega faixa a faixa, a consistência do álbum como um todo e não como 2 ou 3 músicas boas, falando nisso, segue a análise de cada faixa:

1- Jenny was a friend of mine - Um começo arrasador! Uma música intensa, tem uma linha de baixo impressionantemente boa. Tem cara mesmo de música para abrir álbuns, shows... faz parte da "Trilogia da Morte", que será explicada posteriormente. De 0 a 10: 9,5!


2- Mr. Brightside - AAAAA baladinha! Putz, a baladinha que qualquer banda gostaria de ter. Uma das mais "lentinhas" do álbum, bem tocada, bem composta... excelente música! De 0 a 10: 10!

3- Smile Like You Meant It - Uma boa abertura no teclado, uma boa linha de baixo e o Brandon cantando bem, como sempre. É uma música muito boa, muito mesmo! De 0 a 10: 9!


4- Somebody Told Me - A balada dançante! Aquela feita diretamente pras pistas de dança! E como foi bem feita, é uma excelente música, destoa um pouco do resto do álbum por ser alegre e dançante, características não tão presente nas demais músicas. De 0 a 10: 10!


5- All These Things That I've Done - Essa é espetacular! Utiliza muito bem o teclado na sua intro. Possui até um momento off, em que a música muda de ritmo, depois volta! Muito boa, mesmo. De 0 a 10: 9,5!

6- Andy, You're A Star
- O ponto fraco. É uma música boa, mas tem vezes que você prefere passar pra próxima, os teclados e os riffs de guitarra não são tão geniais quanto nas anteriores e o refrão é um pouco enjoativo... De 0 a 10: 7,5!

7- On Top
- Boa música, tem uns tecladinhos bem interessantes. Os outros instrumentos também são muito bem trabalhados. De 0 a 10: 9!

8- Indie Rock'n roll - A baladinha deprê. Se estiver inspirado, ouça, se não, passe pra próxima. O Brandon força bem o vocal nessa e o teclado tocando a mesma nota por horas pode perturbar, caso não esteja no clima pra ouvi-la. Ao invés de ouvir Legião, essa música é bem mais indicada para os momentos foça! É ótimo para o que se propõe. De 0 a 10: 8!

9- Believe Me Natalie
- Começa lentinha, você nem dá nada por ela, mas ela vai melhorando e ganha corpo suficiente para entrar no time de obras-primas desse álbum. É um pouco mais animadas que as 3 músicas que a antecederam, mas ainda assim não é tanto. De 0 a 10: 8,5!

10- Midnight Show - Uma boa linha de baixo, riffs legais de guitarra e uma história sendo "contada". Na verdade a música mais confude do que explica, na sua tentativa de contar a história. Nela não ouvimos o teclado com uma função tão destacada como nas demais, a não ser pelo final da música. Faz parte da "Trilogia da Morte" também. If you can keep a secret, I can keep a secret! De 0 a 10: 9,5!

11- Everything Will Be Alright - Lentinha, por oras até sonolenta. Desempenha bem a função de última música, mas caso não esteja tão inspirado, passe para o próximo álbum! Não tem nada a agregar à esse excelente álbum, sua função mesmo é só concluir a obra-prima. De 0 a 10: 7!

Bom, em geral, são músicas que possuem teclados legais, linhas de baixo muito bem feitas, riffs de guitarras que se encaixam bem, um vocal agradável de se ouvir e boas letras. O arzinho de eletrônico conferido pelo teclado e pela batida da bateria é algo que fez falta nos álbuns posteriores. E o fato do Brandon entrar numa onda de querer ser a mistura do Bono Vox com o Freddie Mercury acredito ter prejudicado um pouco, mesmo gostando bastante de todos os álbuns da banda. O Hot Fuss merece uma atenção especial, um lugar de destaque entre os melhores álbuns não só dos anos 2000, mas como da história do rock.

-------

A trilogia da morte: Leave the bourbon on the shelf, lançada no álbum Sawdust, seguida de Midnight Show e Jenny was a friend of mine, nessa ordem, formam a trilogia que conta a história de um namorado traído que resolve estrangular a namorada. "Leave" mostra o rapaz traumatizado ao saber da traição de sua namorada Jennifer, como no seguinte verso "Jennifer, tell me where I stand and who's that boy holding your hand?". "Midnight Show" conta o namorado levando Jennifer ao "show da meia noite" que nada mais seria do que o seu próprio assassinato. "Jenny was a friend of mine" mostra o namorado dando seu depoimento à polícia, negando o crime, como no verso "there's no motive for this crime, Jenny was a friend of mine".

Engraçado que em "Leave" ele se mostra muito apaixonado, em "Midnight" ele se mostra com ódio, agindo friamente e em "Jenny" ele tenta mostrar (para os policiais) que eles eram apenas amigos.

Existem outras músicas suspeitas de fazerem parte da história, mas não há nada comprovado, as músicas que a banda já afirmou que fazem parte da história são apenas essas. Quando você para pra analisar essas músicas e também as demais, começa a entender porque o nome da banda é The Killers.

Um comentário: