sábado, 30 de outubro de 2010

Zeebo, um estudo de caso completo



Existe muita gente por aí que mete o pau no Zeebo, que fala um monte de merda sobre ele, se baseando em notícias, vídeos do youtube e comentários alheios. Muita gente que se acha “entendida em games” acaba fazendo reviews em blogs e vídeos sem nunca ter tido um contato pessoal com o vídeo game. Até eu me incluo nessa lista.

Bom, pelo fato de eu não ter um console desde a venda do meu SNES em 1990 e alguma coisa, estava de olho em algo que não fosse tão caro e acabei me deparando com algo que me chamou a atenção, o Zeebo sendo vendido por 199,00, sendo que me enviariam, além do controle que já vem, mais um joystick e um teclado e o melhor, tudo USB, se não fosse jogar, pelo menos teria 2 controles e um teclado pra usar no PC.

Decidi então comprar o console, parcelado no cartão, melhor ainda. De lá pra cá, minha opinião sobre o console mudou e passei a analisar mais as coisas e entender o que levou o console a onde ele está hoje, odiado pelos hard cores, desconhecido pelas massas.

Resolvi fazer esse estudo de caso para demonstrar todos os aspectos do console:

Pontos Positivos:
- Alguns jogos legais
Apesar de todas as críticas feitas ao console e de todos os erros por parte da TecToy/Zeebo Inc., existem alguns jogos legais no console, alguns são port de celular, outros versões exclusivas, mas o importante é que há jogos legais no console sim, exemplos:

. Double Dragon, esse remake ficou muito bom, jogabilidade boa, gráficos super bacanas, refeitos exclusivamente pro console, legal mesmo o jogo.



. Um Jogo de Ovos, um jogo de plataforma bem interessante, não é nenhum Sonic ou Mario, mas a jogabilidade é boa, me lembra Rayman, os gráficos são legais, um 2,5D bem bacana.



. Jogos da Popcap. Embora sejam ports das versões mobile, os jogos Zuma's Revenge, Heavy Weapon, Peggle e Bejeweled Twist ficaram muito legais no Zeebo. Alguns dizem que o Bejeweled Twist tem os comandos bugados, mas não percebi isso não, aqui funcionou normalmente.

Heavy Weapon, simplesmente viciante.


Zuma's Revenge


. Zenonia, port de um RPG para iPhone, tem a vantagem de ser um RPG traduzido, o que faz muita diferença nesse gênero, fica muito mais divertido jogar um jogo sabendo o que está acontecendo. Um bom representante do gênero.



. Jogos da Fish Labs. Os jogos Galaxy on Fire, Rally Master Pro e Powerboat Challenge, todos trazidos do iPhone, o último até com suporte ao Boomerang, são jogos que foram bem portados, trazendo poucas modificações, alguns pequenos downgrades, mas são jogos com boa jogabilidade gráficos legais e divertidos.

Rally Master Pro


Galaxy On Fire


Powerboat Challenge


. Zeebo F.C. Foot Camp, embora não seja um game completo, mas sim 4 mini-games, se destaca pelos gráficos bonitos, pelo uso dos Zeeboids e por haver desafios e melhorias nas habilidades para serem utilizadas no futuro Zeebo Super League.


- O sistema de downloads funciona bem
O sistema tanto de compra de bônus pelo cartão de créditos e de compra dos jogos funciona muito bem, os créditos caem na mesma hora e o download dos jogos é rápido e fácil.


Agora vamos aos pontos negativos:
- Introduzir o console no mercado como se fosse capaz de concorrer com os grandes.
Quando foi "lançado" o Zeebo, não havia esse discurso de que era um console com um hardware bem inferior aos atuais e o preço de 499,90 sugeria que fosse um console chegando ai pra bater de frente com os grandes, até o discurso sobre a curva de aprendizado e que em breve o console estaria apresentando gráficos parecidos com o do PS2 serviu para que os gamers tratassem o Zeebo como uma piada. No México, a abordagem inicial foi diferente e vendo que essa estratégia funcionava melhor, resolveram então implantá-la aqui no Brasil também.

- MD 4 Guitar Idol, o principal corrente do Zeebo


Não é o Wii, não é o PS2, o concorrente do Zeebo é o MD4, da Tectoy. A Tectoy mostrou a razão do seu gigantesco prejuízo nos últimos anos, quando decidiu lançar ao mesmo tempo um console novo e relançar o Mega Drive com um jogo de guitarra. TECTOY, PARA DE SER BURRA! Ninguém quer mais mega drive, nem mesmo uma criança de 8 a 12 anos! As crianças de hoje em dia são mais instruídas e exigentes, não querem saber de mega drive. Nem os retrogamers querem saber desse MD, pois ele não tem espaço pra cartucho. Enfim, a Tectoy lança consoles pra ninguém, ninguém quer mais saber de Master System, Mega Drive, muito menos sem espaço pra cartucho! O Zeebo seria muito mais adequado pro lançamento do Guitar Idol, primeiro porque poderia ser em 3D, não em 2D como foi no MD4, serviria para consolidar o console e poderia vender pacotes de músicas por download! Enfim, se a Tectoy abrisse o olho para a realidade do mercado, teria um produto só, mais forte no mercado e não 2 produtos fracos...

- Falta de capricho nos jogos iniciais
Os primeiros jogos do Zeebo, em sua maior parte, são os piores do console. Quake 1 e 2 são bons jogos, mas não fazem mais parte do catálogo. Need for Speed Carbon é um bom jogo, embora poderia ter sido melhor, caso houvesse capricho, 2 detalhes poderiam ter tornado o jogo muito melhor: a velocidade do carro ser um pouco maior e os efeitos sonoros (leia-se barulho do motor) poderiam ser um pouco melhor.

Fifa 09 é um caso de port muito do mal feito, aliás, acho que o jogo em si é mal feito e não o port. Os gráficos são feios, a jogabilidade é bem esquisita. A falta de botão para tomar a bola, os jogadores que não param de ciscar, o goleiro usando pijama... alguns detalhes que talvez na tela do celular não faça tanta diferença, mas na tela da televisão sim!

Action Hero 3D, um port feito pela Tectoy, na verdade só passaram o jogo do celular pro Zeebo, sem nenhum tipo de adaptação, os gráficos são todos estourados, parece jogo de PS1, além de ser um jogo repetitivo e monótono.

Prey Evil, um port com um downgrade desnecessário... o jogo no iPhone já não é grandes coisas, ainda estragam os efeitos sonoros e fazem os bichos darem spawn conforme você anda pela tela, diferentemente da versão do iPhone, em que os bichos sempre estão lá no lugar deles quando você chega. O pior jogo do console disparado, sai do catálogo em 30/11/2010 e ninguém vai sentir falta.

Jogos da Namco. A Namco é uma produtora respeitável, possui um catálogo legal de jogos, incluindo o maior clássico de todos os tempos, Pacman! Mas no Zeebo, a falta de capricho nos seus jogos é evidente, começando pela versão escolhida dos jogos. Ao invés de escolherem Pacman CE, que é o jogo clássico com mais modos de disputa e muito interessante, escolheram Pacmania, uma versão 3D que embora não seja um jogo ruim, não empolga.

Pacmania - Versão Zeebo:


Pacman CE - Versão iPhone:



Ao invés de Ridge Racer Accelerated, do iPhone, trouxeram uma versão esdruxula, que mais parece um downgrade do Ridge Racer do PS1, sem som do motor, física dos carros horrível quando se bate contra a parede, quando bate nos outros carros.

Ridge Racer Versão Zeebo:


Ridge Racer Versão PS1:



Ridge Racer Versão iPhone:


Sem falar de Alpine Racer, que é um jogo que também possui uma física esquisita e é considerado um dos piores jogos do console. O melhorzinho da Namco para o Zeebo é o Tekken 2, que mesmo assim, poderia ter recebido um pouco mais de atenção e capricho por parte da produtora, muitas vezes você vence o round e o adversário acaba não caindo no chão... Por essa falta de capricho e atenção com os usuários, a Namco é considerada a pior produtora do Zeebo até o momento.

Enfim, de uma forma geral, foram poucos os primeiros jogos do Zeebo que foram caprichados e bem trabalhados, fazendo com que o console fosse mal visto logo no começo, desanimando muitos dos que estavam torcendo pelo sucesso do console.


- Definição errônea do público-alvo
A Tectoy/ZeeboInc afirma que o público-alvo do console são de crianças entre 8 e 12 anos, da classe C, que não possuem internet em casa, etc etc, mas o que vemos na internet é um público com mais de 20 anos, com acesso a internet e tudo mais se interessando pelo console. Pessoas que tiveram um Mega Drive ou um Master System e possuem uma lembrança boa da empresa Tectoy, ou pessoas como eu, que não estão dispostas a pagar fortunas para ter um console em casa, mas apenas algo que possa divertir. Pensando nisso, a Tectoy poderia ir atrás de mais licensas para jogos antigos, assim como o remake de Double Dragon, que ficou excelente e os clássicos da Data East, que embora a maioria deles seja fraco, agrada os retrogamers. Quem sabe uma licensa pra lançar um pacote de jogos do Sonic, nem que fossem emulados, assim como os jogos da Data East. Talvez umas licensas mais relevantes no mercado como SNK e não licensa de empresas que acrescentam pouco ao catálogo como a Data East.


- Querer consolidar o acessório antes do console
Junto com o Zeebo, foi lançado o seu controle sem fio com acelerômetro, chamado Boomerang. Ao invés de tentarem primeiro consolidar o Zeebo, lançando bons jogos para se ter uma boa base instalada, perderam muito tempo tentando em primeiro lugar consolidar o Boomerang, criando jogos de corrida e esportes que não possuem modo carreira, são apenas uma "demonstração" do Boo e do potencial gráfico do console.

- Preocupação pela quantidade e não pela qualidade dos jogos
A Tectoy/Qualcomm/ZeeboInc, na pressa de fazer o console rentável e na inexperiência com o mercado de games, achou que licensas de empresas conhecidas e ports de jogos que possuem certa fama na categoria mobiles seriam o suficiente, e que dizer que o console tem um catálogo com X jogos seria muito mais legal do que se ele tivesse X-10 jogos. Na verdade, os gamers não estão preocupados se um console tem 50 ou 100 jogos, pois nenhum gamer consegue jogar 50 jogos ao mesmo tempo, então seria melhor que a ZeeboInc se preocupasse mais com a qualidade dos jogos lançados do que com a quantidade, pois não é porque o público alvo é de "criancinhas de países sub-desenvolvidos" que esse público aceita qualquer porcaria.

- O desbalanceamento entre os gêneros
O que não falta no Zeebo são jogos de corrida, esportes e puzzle, mas no entanto os gêneros de RPG e Plataforma possuem pouquissimos títulos. O Zeebo tinha 3 jogos de FPS, agora, com a saída de Prey Evil não possui mais nenhum!


- Bugs do console

É possível ver na internet, nos fóruns sobre o Zeebo, muita gente reclamando que o jogo "Um jogo de ovos" apresenta defeitos, não exibindo os textos corretamente. Além disso, existem alguns que foram "premiados" com uma atualização que faz com que o console não acesse mais o OS exibindo, uma tela diferente, não sendo diferente mais acessar os jogos. Fora isso, já aconteceu comigo do console travar/reiniciar ao tentar abrir algum jogo. Se com essa base instalada pequena já temos inúmeros casos de problemas, imagina então se o console fosse o sucesso que esperavam dele...

- O não cumprimento de prazos
A Tectoy/Zeebo Inc anunciou 50 jogos no catálogo até o Natal de 2009, o que só vem a se realizar 1 ano depois. Prometeu que enviaria os joysticks e teclados em 10 dias, mas não cumpriu. Aos que precisariam ter um upgrade no console para receber os novos acessórios, prometeram 10 dias para buscar e mais 20 dias para entregar, prazo que não cumpriram também. Prometeram Street Fighter Alpha, a capa do jogo até consta na caixa do Zeebo, mas nada do jogo ser lançado. Prometeram parcerias com grandes empresas, mas Sega não deu as caras, EA Games licenciou Fifa 09 e NFS Carbon pra Tectoy portar e foi só, aliás, os jogos não fazem mais parte do catálogo, Capcom até agora só o port traumático de RE4 do iPhone com ganados azuis. Exceto a Namco, que tem feito um trabalho péssimo, o resto das empresas são todas produtoras mobile,de porte médio pra baixo. O lançamento de Tork And Krall e Zeebo F.C. Super League que estavam previsto para Outubro e nada deles serem lançados. Fica difícil de acreditar no que a Tectoy/Zeebo Inc fala, pois cada promessa feita é uma promessa não cumprida.

- Falta de novidades
É muito difícil vermos nos sites, principalmente nos de games, alguma novidade sobre o Zeebo. Nunca sabemos quais jogos serão lançado e quando serão, alguns jogos até são anunciados que estão em fase de produção mas demoram meses e meses para serem lançados, somos sempre pegos de surpresa com a data dos lançamentos, enquanto nos outros consoles, as informações sobre lançamento dos jogos estão sempre acessíveis, talvez pelo medo do cancelamento do projeto dos games ou medo de mostrar que tem pouca coisa em desenvolvimento pro Zeebo, acabam escondendo as informações, deixando os consumidores confusos e com poucas esperanças.


Vale a pena comprar?

Bom, no meu caso, pagando 199,00 em (10x no cartão) com 2 controles e 1 teclado (1 controle e o teclado, viriam pelo correio, mas tiveram que recolher meu console pra receber um upgrade pra aceitar os acessórios novos), tendo em vista que eu não tenho outro console e não estava disposto a pagar tão caro por isso, acho que vale a pena sim. Diverte? Sim. Para gamers casuais vale a pena sim, mas se tiver outro console já, ou dinheiro pra comprar outro console, não acho que seja uma aquisição tão boa. Mas não me arrependo de ter comprado o console e estou até com saudades dele.


O Futuro do Zeebo

Considerando que o console foi lançado mesmo em 01 de setembro de 2010 no Brasil, que tudo o que veio antes foi uma espécie de "beta test", podemos ficar de alguma forma esperançosos de que o pior já passou. Primeiramente porque agora que começaram os esforços de marketing e agora que o console está se tornando mais conhecido e mais vendido. Aumentando a base instalada aumenta-se o interesse das empresas em desenvolver (portar) para o Zeebo. Com a entrada do Zeebo no mercado chinês (que movimentou bastante o Twitter), podemos receber algum fruto vindo do oriente....

Temos já anunciados os lançamentos do Zeebo F.C. Super League, que promete ser um jogão, o melhor jogo do console pelo trailer, 3 jogos da Disney (Alice, Jelly Car e provavelmente Tron), jogos educativos da Turma da Mônica, Reckless Racing, Raging Thunder 2, Tork and Krall, XGT Racer, Code Devil, Cid the dummy...

Enfim, espero que a Zeebo Inc consiga corrigir alguns dos erros que vem cometendo com o console, mas acho que o pior já passou, é aguardar agora pelos próximos lançamentos para vermos se o Zeebo mesmo não tendo capacidade para ter jogos em 3D para competir com os consoles atuais, consiga entender suas limitações e lance jogos que não visem utilizar o maximo do potencial gráfico do console, mas sim que estejam focados na jogabilidade e na diversão.

Vida longa ao Zeebo e boa sorte pra nós que apostamos nele.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Unboxing JXD V3 (iGame)

Segue o vídeo que eu fiquei de fazer sobre o Unboxing do JXD V3.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

JXD V3 (iGame) Review


Bom, depois de muito tempo de espera, meu JXD V3, também conhecido com iGame chegou, comprado diretamente da China, felizmente não tive que pagar imposto de importação (eeee o/).

Depois de 2 semanas brincando com ele, resolvi escrever sobre as minhas impressões sobre ele.

Interface: O menu inicial tem aquele estilo do iPhone, o seu grande defeito é que mesmo mudando o idioma pra inglês, ele permanece em chinês, mas é fácil identificar qual botão faz o que, pois as imagens não deixam dúvidas.

Video Player: Muito bom, roda diversos formatos com boa qualidade.

MP3 Player: Muito bom também, exibe uma imagem pra cada pasta, como se fosse a capa do álbum, um recurso que deixa o player mais bonito. Não consegui achar a função de shuffle, isso é um ponto negativo.

Rádio FM: É igual o de qualquer mp4, funciona legal, tem função de salvar as rádios preferidas.

Ebook: Só lê arquivos TXT e tem algum problema com acentuação. (só testei um arquivo, além dos que já vem, que estão em chinês)

Visualizador de imagens: É uma função que eu não usaria muito no meu dia-a-dia, mas cumpre o papel dela direitinho.

Câmera - Foto: É uma câmera razoável, no aparelho diz 2.0 mega pixels, no site que eu comprei dizia 3, já vi site dizendo q é 5, mas pela qualidade, acho q fica mais próximo dos 2 mpx, pra quem não tem uma câmera digital, quebra um galho.

Câmera - Vídeo: Grava em formato wide, em resolução boa, com uma qualidade legal também, o que é difícil encontrar em celulares, que geralmente gravam em resoluções minúsculas.

Saída para TV: Muito boa, com cores e resoluções boas, dá pra se divertir vendo vídeos ou jogando em frente a TV.

Som: É alto, bem alto. É mais alto do que o meu notebook. A qualidade é dentro do esperado, não é nada fantástico, mas é bom.

Jogos Nativos: Na grande maioria são toscos, mas possui um Metal Slug do GBA em chinês, que é bem legal.

Jogos em Flash: Suporta apenas até o Flash 8.0, sendo que estamos no 10 atualmente. Roda lento a maioria dos jogos, mas felizmente achei uma utilidade para essa função, baixei um emulador de HP12C (calculadora financeira) que roda perfeitamente! Dispensando a compra de uma (que custa por volta de R$200,00).



Agora o mais esperado...
Emuladores
- Nes: muito bom, roda a grande maioria dos jogos sem maiores problemas. O fato triste fica com o Battletoads, que roda a abertura mas na hora H, trava!

- Game Boy / Color: Roda tranquilamente sem qualquer problema, se bem que só testei as roms de Pokemón.

- Mega Drive: O emulador possui uma qualidade muito boa, roda numa velocidade legal, sem ficar dando lag, travando. O fato triste fica pelos botões que estão mal configurados, sendo o botão C configurado na mesma tecla que pausa o jogo, fazendo com que alguns jogos fiquem injogáveis, mas para minha sorte, todos os jogos do Sonic rodam maravilhosamente bem, sem problemas de botões.

- Super Nintendo: Eu achava que esse emulador rodaria mais lento, mas não, roda numa velocidade muito boa também, mas nesse caso o problema dos botões prejudica mais. Pela falta dos botões L & R, eles foram configurados no quadrado e no triângulo, ficando o botão Y no botão de aumentar volume e o X não está configurado em nenhum botão, o que faz com que alguns jogos tenham sua jogabilidade comprometida.

- Game Boy Advance: Desse emulador eu esperava menos, mas ele roda muito bem, dos jogos que testei, consegui rodar a maioria, em velocidade aceitável e nesse caso os botões estão melhor configurados, fazendo do jogo uma experiência muito agradável. (PS: no caso do GBA, não funciona na TV, não sei porque...)


Visão Geral: O Hardware do JXD V3, com seu processador ARM 926, é muito forte, mas o seu firmware é fraco. Apesar disso, dá para se ter muitas horas de diversão, com muitas opções, mas a sensação que fica é que ele poderia ser melhor e na verdade pode mesmo! A "cena" dele, desenvolvimento de jogos, emuladores e programas por parte dos usuários, ainda engatinha, o único resultado prático até hoje foi uma versão semi-funcional do Doom (roda apenas os menus, não entra no jogo em si), mas há perspectiva de melhoras, por se tratar de um PMP novo e com um chipset utilizado em vários outros, há grandes chances de termos novidades em breve. Infelizmente, o suporte da produtora, JXD, até agora se mostrou nulo, sendo que o único esforço até o momento foi o upload do firmware original em seu site. Esperamos que ela esteja desenvolvendo novos firmwares para corrigir o mapeamento dos botões.

Vale a pena comprar? Na minha opinião sim! Ele tem muitas funções, apesar da emulação de alguns jogos ainda estarem prejudicadas, tem muitos jogos que funcionam bem e muitas outras funções que o tornam atraente.

Fiz um video do Unboxing, que vou postar depois. Vou fazer videos dos emuladores também, em breve posto tudo aqui.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Punk Rock e Católico, Pode Arnaldo?

Muitas pessoas acham, ou apenas dizem brincando, que rock é coisa do capeta. E o que dizer do Punk Rock então? O som pesado, com visual agressivo? Música dos marginalizados.

Porém, o que no Brasil parece uma união obrigatória, o Punk e a Anarquia nem sempre andaram juntos e o Punk Rock não nasceu como um som politizado. Apesar de já ter havido bandas com intenções e estilos parecidos, quem instrumentalizou o Punk Rock, como estilo musical e tudo, foram os Ramones. Sem intenção de fazer apologia política, essa conotação só foi tomada depois que os nova-iorquinos cruzaram o mar e encontraram uma Londres sedenta por mudanças, com jovens interessados em protestar. Daí surgiram Sex Pistols e The Clash, falando sobre Anarquia e Política.

Mas não foram todas as bandas que apareceram depois que resolveram utilizar-se do Punk Rock como instrumento de crítica política e/ou social. Com o sucesso do Pop-Punk no início dos anos 90, o Punk se desmarginalizou, passando a ser som de jovens, principalmente, skatistas. Muitas bandas trazendo letras e clipes bem-humorados (nada que os Ramones já não fazia).

Uma dessa bandas, do início dos anos 90, conhecida como MxPx, é declaradamente cristã, todos os seus membros são cristãos. Mas isso não influência diretamente na maior parte de suas letras, que tratam geralmente sobre relacionamentos, a única música que eu saberia falar de cabeça é "You make me, me" aonde a letra diz:

"These days so few seem to have faith
In the son of man and in his grace
I feel your breathe upon my face
As you replace, my broken wings"

entre outras coisas.

Os caras do MxPx não querem ser taxados como Gospel e acho até justo, pois não se trata de música religiosa, mas sim de caras religiosos que possuem uma banda.

Quando eu ainda estava afastado da igreja, meu irmão me apresentou um CD de uma banda chamada The Flanders, uma banda de Punk Católico, músicas como o de qualquer banda de Punk/Hard Core, mas essa sim com letras cristãs, letras bem humoradas falando de problemas como drogas, falta de fé, entre outros problemas. Se bem que nesse último trabalho deles de 2009, ficou aquela coisa "ou Deus ou uma mulher", mas tudo bem.

Muita gente vincula a imagem de Cristão a fanatismo, a falta de modernidade, a idosos, a coisa de pessoa "sem informação", inculta, quando na verdade tem muitos cristãos (assim como eu) que são incluídos digitalmente, possuem twitter e afins, visitam blogs, têm discernimento dos fatos, são cristãos não por "obrigação social" mas por escolha própria. Eu conheço a história "podre" da Igreja Católica, mas preferi interpretar os fatos com uma outra ótica, mas como a discussão aqui não é essa não vou me alongar nesse ponto.

Há muita gente ainda dentro da própria igreja que não apoia essas bandas, mas acho que nós, jovens, merecemos ouvir músicas compatíveis com nossa idade e gosto pessoal, pois então, eu tenho que ouvir as mesmas músicas que a minha mãe ouve?

Tem uma outra banda que eu conheci através de um programa de TV, chamada A.U.B. (Anjos da Última Batalha), mas essa aí é mais emo. O que me agradou mesmo foram as letras, que não são do tipo "ou Deus ou uma mulher", são mais diretas. Quem quiser, conhecer a banda, Link.

Mas voltando ao questionamento do título do post, pode ser punk e católico ao mesmo tempo? Pode!

Muita gente relaciona o fato de ser católico ao fato de abdicar de qualquer coisa "diferente", o que não é verdade. Eu acredito que a religião é algo que se vive mais internamente do que externamente, na verdade, você deve vivê-lá internamente e externar o que há dentro de você e não fazer coisas para parecer "certinho", mas sem nenhuma intenção verdadeira internamente.

Fora isso, há a associação do Punk a algo "dumal", que hoje em dia deveria ser um tabu completamente superado, mas não é.

Como já disse o Papa João Paulo II, não precisamos deixar de ser jovens, de aproveitar as coisas boas da vida, só precisamos distinguir o que é curtir a vida do que é a libertinagem desenfreada que o mundo apregoa como "curtir a vida".


Links úteis:
Banda Beatrix (uma espécie de Pitty católica)
Banda Beatrix fala sobre ter atitude (cristã)!
Banda Nazarenos HC
Site Fé e Som (tipo um My Space para bandas católicas)

sexta-feira, 9 de abril de 2010

E se os jogos de hoje fossem lançados em 8-bits?

O jogo Call of Duty: Modern Warfare 2 não faria parte da série Call of Duty, e sim da série Contra!

Fiz 2 montagens ai só para imaginar como seria o jogo:

A abertura de como seria esse incrível jogo!


Assim seria a favela do Rio de Janeiro!!

Hahahahaha já pensou se fosse verdade?

terça-feira, 6 de abril de 2010

segunda-feira, 5 de abril de 2010

iCade - a melhor brincadeira de primeiro de abril!

Já pensou poder jogar aquele fliperama bacanudo na telona do seu iPad bacanudo? Pois é, o pessoal do ThinkGeek pensou e pregou essa peça no primeiro de abril. Na verdade eu não gostei muito do iPad inicialmente, o iPodão Touch não me encantou, talvez até me encantasse mais se essa brincadeira fosse verdade.... a ideia é boa, vai falar que não? #ficadica hein apple!

Link do original no ThinkGeek: http://www.thinkgeek.com/stuff/41/iCade.shtml

sexta-feira, 26 de março de 2010

Eles estão chegando...

não, não é um post sobre os Legendários!

Há alguns anos atrás, surgiram os portáteis mp3 players, desde os caros iPods da Apple aos mais baratos xinglings. E de lá pra cá as coisas foram progredindo, surgiram os mp4, mp5, mp6... e assim indefinidamente, hj em dia tem uns mp12 da vida, mas toda essa nomenclatura perde o sentido após o mp4, que é o nome do formato de vídeo que ele roda, mas não existe nenhum arquivo com extensão mp5 ou subsequente.

E então os tocadores de mp3 começaram a tocar videos, televisão, rádio, câmera fotográfica e alguns até viraram celular, existem até os "Hiphones", os clones chineses do Iphone. Mas hoje em dia, para os que não são celular, existe uma nomenclatura que define muito melhor esses aparelhos: PMP, Portable Media Player, ou em tradução livre, um Tocador de Mídia Portátil.

E mais recentemente, os chineses resolveram invadir um novo ramo, já que os aparelhos possuem processadores, memória ram, rodam vídeos em DivX em alta resolução, porque não rodar jogos? E se nós não estamos dispostos a ficar criando jogos para eles, porque não rodar emuladores?

Mesmo que ainda não sejam um grande sucesso no mercado brasileiro, já fazem muito sucesso na internet. Ao invés de pagarem 700 reais ou mais em um PSP ou um Nintendo DS, tem pessoas (incluindo eu) que estão pagando por volta de 150 a 250 reais por esses novos portáteis chineses.

Então vou falar de alguns modelos:
Dingoo A-320

O modelo mais famoso, por ter o seu Sistema Operacional em Código Aberto e por ter sido desenvolvido o Dingux, um Linux para ele, ganhou muita simpatia dos internautas. Possui uma cena forte na internet, com o desenvolvimento de muitos emuladores e jogos portados pelos próprios usuários em fóruns e sites, internacionais e nacionais também. É um dos mais baratos também, possui um design que lembra um pouco o Nintendo DS, mas não é cópia, é um design dos mais autênticos dos modelos, bem feito e com boa jogabilidade.

GP2X Wiz

Esse não é chinês, é coreano! Sucessor do GP32 e do GP2x. É um pouco mais difícil de ser encontrado para venda do que o Dingoo e mais caro! Já vem com Linux e também possui uma cena forte na internet, com um grande desenvolvimento de emuladores e port de diversos jogos, mas pelo menos no Brasil, não chega perto do Dingoo. Possui um dos hardwares mais potentes do mercado.

Gemei X-760

É o irmão mais velho do Dingoo. Não fez tanto sucesso pelo seu design estranho e por ter apenas 4 botões.

JXD 300 e JXD 1000


Os irmãos JXD, o 300 possui uma tela de 2.8" e o 1000 uma tela de 4.3", essa é a única diferença entre eles. Com um design idêntico ao PSP oferecem um bom custo benefício, sendo uma das opções mais baratas. Não possui uma cena muito forte ainda, mas com tendências de melhoras.


JXD V3


De todos apresentados aqui é o mais novo, lançado em janeiro de 2010. Eu encomendei um (por falta de estoque do Dingoo A-320) e deve estar pra chegar. Possui um design que é um misto de Nintendo DS e PSP. Vem equipado com o chipset Sunplus 8000, que contém um processador ARM9. A cena ainda é pequena, mas tem grande potencial, existe já uma versão "semi-funcional" de Doom portado do PC. Uma das grande críticas feitas a ele é a ausência de shoulder buttons (botões de ombro, mais conhecidos com L e R), mas esses botões são substituidos pelos botões de volume nos emuladores. O preço é igual ao do Dingoo, porém como está com uma cena ainda embrionária, com praticamente nada desenvolvido até agora, acho que perde pra ele em custo x benefício, mas possui um hardware mais forte e mais potencial. Uma vantagem é que possui câmera de 3 mega pixels que fotografa e também filma.


Todos esses modelos tocam vídeos, músicas e possuem saída pra TV, o que é muito bom, pois jogar esses jogos de videogame em uma TV fica melhor ainda.

Bom, fazendo uma análise de preços e do que os aparelhos oferecem, o Dingoo se mostra como a melhor opção do momento, mas os JXD ainda possuem grande potencial de desenvolvimento, pois com os emuladores "nativos", aqueles que vêm junto do PMP, não há muita diferença entre o desempenho de um e de outro. Uma desvantagem dos modelos da JXD é não rodarem Neogeo e CPS1 e 2, como fazem os demais modelos. Mas o Dingoo também apresenta uma desvantagem, pois o Dingux não possui suporte à saída de TV, ou seja, todos os emuladores e jogos desenvolvidos e portados para esse Linux não poderão, ainda, rodar na sua TV. Agora é esperar para ver o que acontece, quais serão os próximos lançamentos, os próximos desenvolvimentos e ver também se alguma se interessa em importá-los, pois atualmente, o único modo de comprá-los é em site de lojas chinesas que entregam em outros países. A única coisa parecida que tivemos no Brasil foi o MD Play, da Tectoy, já extinto, que rodava os jogos do mega drive e foi descoberto que rodava roms através de Cartão SD, mas sem salvar o progresso dos jogos.

quinta-feira, 25 de março de 2010

50 grandes álbuns de rock que você deveria ouvir - parte 2

Continuando a lista:

45- Paul Stanley - Live to Win


Quando o Paul Stanley anunciou seu álbum solo, todos pensaram que viria mais um caça-níquel do KISS por aí, mas o álbum é surpreendentemente bom, traz algo um pouco diferente do que é o KISS, boas músicas no melhor estilo dele, umas mais melosas, outras mais rock "paulera"...


44- The Flaming Lips - Transmissions From The Satellite Heart


O Flaming Lips apresenta um conceito que eu acho muito interessante, o experimentalismo comercialmente aceitável, esse álbum de 1993 apresenta músicas muito boas, umas mais experimentais outras mais indie pop.


43- Yeah Yeah Yeahs - It's Blitz

Até hoje não sei se o nome da banda veio da "Yeah Yeah Yeah Song" do Flaming Lips, mas não vem ao caso. O álbum lançado em 2009 pela banda traz uma sonoridade um pouco experimental, um tanto eletrônica e um vocal feminino poderoso e hipnotizante.

42- Katy Perry - One of the boys


Muitas vezes a gente pode pegar birra com algum artista por ele fazer sucesso e virar "modinha", como no caso da Katy Perry, com "Hot'n Cold" e "I kissed a girl", mas as outras músicas do álbum são boas também, destaque para "One of the boys" e "If you can afford me".

41- Faichecleres - Indecente, imoral e sem vergonha


O álbum de estreia desses curitibanos porretas traz o puro rock, com letras impuras, impudicas até. Não são tão botequeiros quanto o Rock Rocket, mas igualmente cafajestes! Não são a salvação do rock, mas uma mostra de que o rock clássico ainda tem espaço.


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Até a parte 3!

segunda-feira, 22 de março de 2010

[Review] The Killers - Hot Fuss

Ontem, recebi o presente do meu primo que está morando na Austrália, depois de uns 3 meses na casa da minha tia, ela finalmente veio até em casa e me entregou o presente. O pior que eu não esperava, fui pego de surpresa e uma surpresa realmente agradável. Uma camiseta do The Killers, edição limitada do Hot Fuss, com uma estampa do single Mr. Brightside nas costas!

Com um presente desses, tive que ouvir de novo o album que há um tempo não ouvia e vim aqui então fazer um review dele.



Falar do Hot Fuss é muito fácil, posso descrevê-lo em 2 palavras: obra-prima!
Um album de estreia genial! Daqueles que você ouve de cabo a rabo e fica até triste quando percebe que ele está acabando. Os fãs de The Killers se dividem nas opiniões, muitos acham esse o melhor album da banda, outros veem um amadurecimento em Sam's Town e o credeciam como o Joshua Tree dos anos 2000. Para mim, o Hot Fuss é insuperável, o Sam's Town é um bom album, o Day & Age também é bom, mas não se comparam, quando você pega faixa a faixa, a consistência do álbum como um todo e não como 2 ou 3 músicas boas, falando nisso, segue a análise de cada faixa:

1- Jenny was a friend of mine - Um começo arrasador! Uma música intensa, tem uma linha de baixo impressionantemente boa. Tem cara mesmo de música para abrir álbuns, shows... faz parte da "Trilogia da Morte", que será explicada posteriormente. De 0 a 10: 9,5!


2- Mr. Brightside - AAAAA baladinha! Putz, a baladinha que qualquer banda gostaria de ter. Uma das mais "lentinhas" do álbum, bem tocada, bem composta... excelente música! De 0 a 10: 10!

3- Smile Like You Meant It - Uma boa abertura no teclado, uma boa linha de baixo e o Brandon cantando bem, como sempre. É uma música muito boa, muito mesmo! De 0 a 10: 9!


4- Somebody Told Me - A balada dançante! Aquela feita diretamente pras pistas de dança! E como foi bem feita, é uma excelente música, destoa um pouco do resto do álbum por ser alegre e dançante, características não tão presente nas demais músicas. De 0 a 10: 10!


5- All These Things That I've Done - Essa é espetacular! Utiliza muito bem o teclado na sua intro. Possui até um momento off, em que a música muda de ritmo, depois volta! Muito boa, mesmo. De 0 a 10: 9,5!

6- Andy, You're A Star
- O ponto fraco. É uma música boa, mas tem vezes que você prefere passar pra próxima, os teclados e os riffs de guitarra não são tão geniais quanto nas anteriores e o refrão é um pouco enjoativo... De 0 a 10: 7,5!

7- On Top
- Boa música, tem uns tecladinhos bem interessantes. Os outros instrumentos também são muito bem trabalhados. De 0 a 10: 9!

8- Indie Rock'n roll - A baladinha deprê. Se estiver inspirado, ouça, se não, passe pra próxima. O Brandon força bem o vocal nessa e o teclado tocando a mesma nota por horas pode perturbar, caso não esteja no clima pra ouvi-la. Ao invés de ouvir Legião, essa música é bem mais indicada para os momentos foça! É ótimo para o que se propõe. De 0 a 10: 8!

9- Believe Me Natalie
- Começa lentinha, você nem dá nada por ela, mas ela vai melhorando e ganha corpo suficiente para entrar no time de obras-primas desse álbum. É um pouco mais animadas que as 3 músicas que a antecederam, mas ainda assim não é tanto. De 0 a 10: 8,5!

10- Midnight Show - Uma boa linha de baixo, riffs legais de guitarra e uma história sendo "contada". Na verdade a música mais confude do que explica, na sua tentativa de contar a história. Nela não ouvimos o teclado com uma função tão destacada como nas demais, a não ser pelo final da música. Faz parte da "Trilogia da Morte" também. If you can keep a secret, I can keep a secret! De 0 a 10: 9,5!

11- Everything Will Be Alright - Lentinha, por oras até sonolenta. Desempenha bem a função de última música, mas caso não esteja tão inspirado, passe para o próximo álbum! Não tem nada a agregar à esse excelente álbum, sua função mesmo é só concluir a obra-prima. De 0 a 10: 7!

Bom, em geral, são músicas que possuem teclados legais, linhas de baixo muito bem feitas, riffs de guitarras que se encaixam bem, um vocal agradável de se ouvir e boas letras. O arzinho de eletrônico conferido pelo teclado e pela batida da bateria é algo que fez falta nos álbuns posteriores. E o fato do Brandon entrar numa onda de querer ser a mistura do Bono Vox com o Freddie Mercury acredito ter prejudicado um pouco, mesmo gostando bastante de todos os álbuns da banda. O Hot Fuss merece uma atenção especial, um lugar de destaque entre os melhores álbuns não só dos anos 2000, mas como da história do rock.

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A trilogia da morte: Leave the bourbon on the shelf, lançada no álbum Sawdust, seguida de Midnight Show e Jenny was a friend of mine, nessa ordem, formam a trilogia que conta a história de um namorado traído que resolve estrangular a namorada. "Leave" mostra o rapaz traumatizado ao saber da traição de sua namorada Jennifer, como no seguinte verso "Jennifer, tell me where I stand and who's that boy holding your hand?". "Midnight Show" conta o namorado levando Jennifer ao "show da meia noite" que nada mais seria do que o seu próprio assassinato. "Jenny was a friend of mine" mostra o namorado dando seu depoimento à polícia, negando o crime, como no verso "there's no motive for this crime, Jenny was a friend of mine".

Engraçado que em "Leave" ele se mostra muito apaixonado, em "Midnight" ele se mostra com ódio, agindo friamente e em "Jenny" ele tenta mostrar (para os policiais) que eles eram apenas amigos.

Existem outras músicas suspeitas de fazerem parte da história, mas não há nada comprovado, as músicas que a banda já afirmou que fazem parte da história são apenas essas. Quando você para pra analisar essas músicas e também as demais, começa a entender porque o nome da banda é The Killers.

quinta-feira, 11 de março de 2010

[Review] Teenage Mutant Ninja Turtles (2003)

Depois de conseguir zerar o Devil May Cry 4, finalmente, é hora de partir para outros jogos. Decidi começar por um mais antiguinho, aliás, baixei mais 2 jogos das tartarugas ninjas que devo fazer o review depois.



O jogo Teenage Mutant Ninja Turtles de 2003 não tem nada a ver com o filme e toda a sua arte, inclusive animações são sobre o desenho.



Bom, começando o jogo, temos menus simples, sem muitas opções (não sei se isso é bom ou ruim), mostrando que o jogo foi portado de algum video-game, mais provavelmente o PS2. O jogo não aceita resoluções widescreen, apenas as padrões 4x3.

O jogo é dividido em fases e as fases divididas em 5 ou 6 partes, o que para mim, fã de beat'em up é ruim, pois fica interrompendo o jogo diversas vezes. Feita a escolha do personagem, você não consegue mais voltar aos menus anteriores, tem que entrar na fase, na sub-fase e só depois dá pra sair. Outro ponto negativo é o fato de você só poder escolher um personagem, se quiser jogar com os demais, terá que começar o jogo do zero, com cada personagem. Há a opção de 2 players ao mesmo tempo, o que pode tornar o jogo mais interessante.



Os efeitos sonoros do menu são irritantes e o jogo tem um ar meio infantilóide!

Pronto, esses foram os aspectos negativos! Agora na hora que a ação começa, temos um belo jogo. Bonitos gráficos, naquele estilo de "desenho em 3D", que é usado também em outros jogos como Simpsons Hit & Run e alguns do Dragon Ball Z.


O personagem possui algumas opções variadas de ataque e acaba sendo divertido derrotar os adversários, alguns deles remetem aos primeiros jogos da série, para Arcade e NES, como os cachorros-robôs e os ninjas, o que acaba sendo mais um ponto positivo pro jogo, mas o efeito sonoro dizendo "GO" quando você mata todos os inimigos também é irritante e o fato de o jogo ter suas fases divididas acaba atrasando um pouco a vida...

Esse é um jogo que eu queria muito gostar, mas infelizmente não consigo, não plenamente, pretendo zerá-lo, mas não poderia recomendar a todos como um ótimo jogo. E o pior que por bobagens, pois a jogabilidade do jogo é legal, quem for fã do gênero ou das tartarugas, vale a pena conhecer, mas as limitações estão ai.

De 0 a 10? 6,5!

sábado, 6 de março de 2010

[Review] Show do Cachorro Grande (05/03/2010)

Ribeirão Preto, 05 de março de 2010. Pré-festa do Entorta bixo 2010. Um evento que teve uma fraca divulgação, afinal, toda a divulgação é pra festa mesmo, essa pré-festa acho que foi só pra esbanjar um pouco de dinheiro, pois a maioria que estava lá tinha cortesia ou pelo menos um bônus pra pagar só 10 reais pra entrar e mesmo assim não lotou.

O lugar não estava muito lotado na banda que antecedia o Cachorro Grande, uma dupla sertaneja, tudo a ver né? E o show que estava marcado para as 00:30 começou só às 01:45... MAS QUE SHOW!

Os últimos dois trabalhos do Cachorro Grande me decepcionaram, isso me preocupou um pouco sim, afinal as bandas sempre tendem a substituir lados-b's antigos bons por músicas medianas de cd's mais novos... mas nem foi muito o caso dessa vez!

O show começou com um instrumental de "Interligado", meio que avisando que o show ia começar, tanto que os integrantes da banda estavam chegando ao palco e se posicionando nessa hora, a primeira música, tipo a "The good, the bad, the ugly" nos shows do Ramones, música mesmo foi "Você não sabe o que perdeu", muito boa, seguida de "Dance Agora", single do álbum mais novo, que pode não ser a melhor, mas é uma boa música.



Não me lembro exatamente a sequência e quais foram todas as músicas que eles tocaram, mas o setlist foi bem legal, eles encerraram com as duas melhores, "Lunático" e "Sexperience", depois fizeram um bis tocando "I saw her standing there".

O espaço de tempo que o Beto Bruno (vocalista) ficou fora do palco foi muito bem preenchido pelos outros membros, o Rodolfo Krieger (baixista) cantando "Deixa Fudê", excelente música do álbum "Todos os tempos", o Marcelo Gross (guitarrista) cantando "Dia perfeito", o batera também cantou uma que eu nem sei o nome, só faltou o tecladista... #ficadica, fora os solos que eles faziam pra enrolar o tempo e esperar o vocalista voltar.



Apesar da boa setlist, sempre uma ou outra fica de fora, sempre uma ou outra que você não gosta acaba sendo tocada, no meu caso "Lili", que é um típico caso de Lado-B do primeiro álbum que segue o resto da carreira inteira no repertório.



As que faltaram na minha opinião: "As coisas que eu quero lhe falar", "Você pode até pegar", "Você me faz continuar" e "Debaixo do meu chapéu". Mas mesmo sem essas, foi um show e tanto, achei que foi bem melhor do que o primeiro show deles que eu fui e foi ótimo também, pena ter sido na pré-festa e na festa mesmo colocarem bandas que nem conheço tanto.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Melhores covers/versões!

Esse post vai ser dedicado àquelas bandas que se propõe a tocar música de outras bandas, mas faz decentemente o serviço!

Red Hot Chilli Peppers - Havana Affair (Ramones)


Essa versão ficou muito boa, até parece música do Red Hot mesmo.


The Donnas - Strutter (Kiss)


Versão bacana demais a música caiu muito bem com vocal feminino.


MxPx - Heaven is a place on earth (Berlinda Carlisle)


Os caras do MxPx gostam de fazer covers, pena que alguns não saiam muito bons...


New Found Glory - Kiss me (The Cardigans)


O NFG é outra banda que adora covers, já lançaram 2 cd's com covers de música de filmes, essa música ficou legal e tem a Paramore no clipe.


Alien Ant Farm - Smooth Criminal (Michael Jackson)


Essa música ficou animal, sou fã do Michael, então eu poderia ser até mais rigoroso na hora de avaliar, mas essa versão não tem o que discutir.


The Ataris - I Remember You (Skid Row)


Essa versão também ficou bem legal, a voz do cara combinou bem pra essa música e sem o ar de baladinha ela nem fica brega.


Dax Riders - I was made for lovin' you (Kiss)


Meio rock, meio eletrônica, achei o clipe genial, [silvio santos] bem boladommm, bem boladommm[/silvio santos]


Pra finalizar o post, a melhor versão, na minha opinião:

Reel Big Fish - Take on me (A-ha)


Essa música em Punk/Ska ficou perfeita!

Por enquanto é só, esses não são necessariamente os melhores, mas os melhores que eu consigo me lembrar agora, depois eu posto mais covers.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Bomba! Divulgado novo vídeo de Sonic 4!

Depois do carnaval, chegou a hora de postar novamente no blog.

Em minha costumeira visita aos sites e blogs preferidos, me deparei com algo que me chamou muito a atenção, o novo vídeo do novo jogo do Sonic, Sonic 4, que dessa vez mostra muita coisa, mostra abertura, menus, alguns segundos de gameplay... realmente interessante.

Segue o link do blog Gagá Games: http://www.gagagames.com.br/?p=11200

Eu poderia colocar o video aqui direto, mas prefiro dar créditos ao blog do cara, que aliás é muito bom, confiram.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Sonic 4 - De volta às origens


Após muitos anos, o Sonic retorna ao modo plataforma, que lhe tornou famoso e bem sucedido.

A Sega apresentou em setembro de 2009 o "Projeto Needlemouse", que seria um novo jogo do Sonic e colocou em seu blog uma imagem com o nome dos possíveis personagens jogáveis, mas aos poucos foi eliminando os personagens até sobrar apenas o próprio Sonic.



Um fato curioso é que Needlemouse era o nome do projeto do primeiro jogo do Sonic, quando estava sendo desenvolvido para o Mega Drive.


No final do ano passado a Sega liberou um trailer sobre o projeto, mas que não continha absolutamente nada sobre o jogo, até os produtores do vídeo dizeram não ter nenhuma noção do que seria o jogo, que nenhuma arte do jogo tinha sido passada para eles, mas finalmente no dia 4 de fevereiro a Sega liberou o primeiro trailer oficial, que traz um pouco do jogo, pouquissímos segundos, apenas para termos uma pequena noção do que será o jogo:


Esse será apenas o primeiro episódio da série, que deve dar sequência à história de Sonic 3 e Sonic & Knuckles, e me chamou a atenção o fato de não poder se jogar com o Tails e nem com o Knuckles, que embora tenham vindo depois, são bons personagens.

A verdade é que depois de Sonic 3D Blast, a Sega nunca mais acertou a mão em um jogo 3D do Sonic, embora alguns tenham me agradado, acabaram não sendo títulos unanimes, alguns até muito criticados pelos fãs, uns criticam a sua presença em jogos olímpicos ao lado do Mario, seu terno rival, achando que a franquia se tornou um mero caça níqueis. Os jogos lançandos nesse meio tempo foram Sonic R, Sonic Adventure, Sonic Adventure 2, Sonic Adventure DX, Sonic Riders, Sonic Riders: Zero Gravity e Sonic Unleashed, além de Sonic e Mario nas olimpíadas e agora, mais recentemente nas olimpíadas de inverno.

Mario e Sonic, antigos rivais, agora disputando jogos olímpicos.

Aproveitando essa onda retrô, com o lançamento do novo jogo do Mario em 2D, Megaman ao melhor estilo 8-bits, a Sega se junta ao time e traz muita expectativa aos fãs do estilo que ficaram um pouco órfãos com as últimas gerações de videogames que traziam como principais jogos os FPS (tiro em primeira pessoa).

Para os que quiserem mais novidades sobre o projeto, fiquem atentos a esse blog e ao blog da Sega: http://blogs.sega.com/usa/category/project-needlemouse/

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Zeebo - Teoria quase boa e prática #fail

Primeiramente, gostaria de deixar claro que é louvável uma empresa brasileira ter a atitude de lançar um videogame e que torço muito para que dê certo, mas dito isso, agora vamos ao post.

O que é Zeebo?
Esse nome que pode soar esquisito para algumas pessoas é o mais novo videogame lançado pela TecToy (fora as milhões de versões de mega drive e master system) em parceria com a americana Qualcomm.



O conceito.
O conceito do videogame é ser um produto de baixo custo para atingir crianças e adolescentes de classes média e baixas de países emergentes, que não utiliza mídia física, os jogos são apenas por download, para evitar pirataria.

O hardware.
O hardware do videogame é um celular! Um celular com memória flash (a mesma usada em pen drives) de 1GB. O videogame possui boa capacidade de processamento e memória ram, mas peca na placa gráfica e na sua limitação de armazenamento, pois com 1GB de memória, cada jogo não pode superar os 50mb, o que é ínfimo para os dias atuais. Um ponto positivo é a Conexão 3G oferecida pela Claro para o download dos jogos.

A versão brasileira conta com um joystick chamado de Boomerang, que possui acelerômetro, ou seja, a mesma jogabilidade do Nintendo Wii.



Os Jogos.
É aqui que a coisa pega. O videogame conta com um catálogo pouco extenso, são cerca de 30 títulos, sendo eles a maioria ports de jogos de celular. Para quem não sabe, port é uma adaptação de um jogo de uma plataforma para outra. Existem ports detestados pela grande maioria dos próprios consumidores, como Ridge Racer, Action Hero 3D, Prey Evil e Fifa 2009. Outros dividem opiniões, como Need for Speed Carbon, Resident Evil 4, Tekken 2. E ainda há os que agradaram o pessoal, como o remake de Double Dragon, Quake 2, Zenonia, Galaxy on Fire, Rally Master Pro...


Action Hero 3D

Há também duas séries de jogos criadas pela própria Tectoy, a Zeebo Extreme e a Boomerang Sports.


Zeebo Extreme Bóia Cross

A série Zeebo Extreme conta com jogos como Bóia Cross, Jet Board, Rolimã, Baja e Corrida Aérea. São todos jogos de corrida em estilos diferentes, mas a série apresenta apenas 3 pistas por jogo o que os torna interessantes apenas no modo multiplayer.


Boomerang Sports Tenis

A série Boomerang Sports traz os jogos Vôlei, Tenis e Queimada. Os jogos possuem ranking online, o que pode servir como um desafio a mais, mas a falta de um modo "carreira" e a falta de outras quadras acaba limitando o tempo de jogo. Esse jogos são exclusivos para o controle Boomerang e parecem que funcionam como uma demonstração para as demais empresas de como seriam os jogos com essa funcionalidade.

O anti-marketing.
Ao invés de manter consumidores a Zeboo Inc., empresa resultante da junção da Tectoy com a Qualcomm, não divulga nenhuma informação sobre novos lançamentos e a Tectoy sempre dá respostas automáticas nada esclarecedoras aos questionamentos, o que deixa o consumidor na dúvida se terá novos jogos em breve, quais jogos serão lançados, quando serão, como acontece nos demais consoles.


Zenonia, um dos melhores jogos do console

O que o console poderia oferecer e não oferece:
- Jogos online. Apesar da Conexão 3G da Claro, ela é utilizada apenas para download dos jogos e atualização dos rankings, não há nenhum jogo online no console.

- Browser. Ainda sobre a Conexão, ela poderia ser usada para você navegar na internet, porque não? Se levarmos em consideração que é um videogame que em tese é voltado para as classes mais baixas, pode ser bem provável que o seu consumidor não tenha computador em casa.

- Jogos de guitarra. A Tectoy teve a pachorra de desenvolver um jogo chamado "Guitar Idol" para o seu mais novo Mega Drive, que vem com a guitarra e custa o mesmo preço do Zeebo. Não seria mais inteligente lançar esse jogo para o Zeebo que tem mais recursos técnicos? Vendendo o jogo com a guitarra por 100 reais a mais? Aí sim teria uma vantagem aos demais consoles, pois poderia trazer um jogo com músicas brasileiras, assim como acontece na versão do MD.

Bugs relatados
O videogame se atualiza sozinho quando está em standby, para que seja possível baixar novos jogos, mas foram relatados casos em que o videogame não se atualiza e é preciso ligar no SAC da Tectoy a cada novo lançamento para receber a atualização.
Houve também relatos de travas durante a execução dos jogos.


Infelizmente a Tectoy resolveu seguir o "modelo Apple" de negócio, aonde o videogame é bloqueado e o consumidor fica dependendo da empresa para ter novos conteúdos, limitando o desenvolvimento de ferramentas caseiras, tudo bem que isso uma hora ou outra implicaria em pirataria, mas com certeza elevaria o número de consoles vendidos, se bem que o foco da Tectoy não parece estar no console em si mas no conjunto.

Agora, fazendo uma avaliação, você paga R$299 para jogar jogos de PS1, como Quake, Quake 2, jogos de celular mal portados como o Fifa 09, Need For Speed Carbon, além do horrível Prey Evil e wtf?? Treino Cerebral? Isso é um jogo? Aí para poder se divertir, terá que comprar 2 boomerangs por R$99 cada, elevando o preço total para R$497 e de R$9,90 a R$25 por jogo, fazendo com que no final das contas o videogame não seja tão baixo custo e a qualidade apresentada por esse custo não seja satisfatória, na minha opinião.

Mesmo assim, desejo que a Tectoy melhore e que o Zeebo consiga achar o seu caminho, seria muito interessante termos um bom videogame, brasileiro, de baixo custo, mas pra isso muitas coisas precisam mudar, pois por enquanto é #fail.

Para mais vídeos sobre o Zeebo: http://www.youtube.com/yuri1yuri1 e http://www.youtube.com/FellipeMariano