sexta-feira, 26 de março de 2010

Eles estão chegando...

não, não é um post sobre os Legendários!

Há alguns anos atrás, surgiram os portáteis mp3 players, desde os caros iPods da Apple aos mais baratos xinglings. E de lá pra cá as coisas foram progredindo, surgiram os mp4, mp5, mp6... e assim indefinidamente, hj em dia tem uns mp12 da vida, mas toda essa nomenclatura perde o sentido após o mp4, que é o nome do formato de vídeo que ele roda, mas não existe nenhum arquivo com extensão mp5 ou subsequente.

E então os tocadores de mp3 começaram a tocar videos, televisão, rádio, câmera fotográfica e alguns até viraram celular, existem até os "Hiphones", os clones chineses do Iphone. Mas hoje em dia, para os que não são celular, existe uma nomenclatura que define muito melhor esses aparelhos: PMP, Portable Media Player, ou em tradução livre, um Tocador de Mídia Portátil.

E mais recentemente, os chineses resolveram invadir um novo ramo, já que os aparelhos possuem processadores, memória ram, rodam vídeos em DivX em alta resolução, porque não rodar jogos? E se nós não estamos dispostos a ficar criando jogos para eles, porque não rodar emuladores?

Mesmo que ainda não sejam um grande sucesso no mercado brasileiro, já fazem muito sucesso na internet. Ao invés de pagarem 700 reais ou mais em um PSP ou um Nintendo DS, tem pessoas (incluindo eu) que estão pagando por volta de 150 a 250 reais por esses novos portáteis chineses.

Então vou falar de alguns modelos:
Dingoo A-320

O modelo mais famoso, por ter o seu Sistema Operacional em Código Aberto e por ter sido desenvolvido o Dingux, um Linux para ele, ganhou muita simpatia dos internautas. Possui uma cena forte na internet, com o desenvolvimento de muitos emuladores e jogos portados pelos próprios usuários em fóruns e sites, internacionais e nacionais também. É um dos mais baratos também, possui um design que lembra um pouco o Nintendo DS, mas não é cópia, é um design dos mais autênticos dos modelos, bem feito e com boa jogabilidade.

GP2X Wiz

Esse não é chinês, é coreano! Sucessor do GP32 e do GP2x. É um pouco mais difícil de ser encontrado para venda do que o Dingoo e mais caro! Já vem com Linux e também possui uma cena forte na internet, com um grande desenvolvimento de emuladores e port de diversos jogos, mas pelo menos no Brasil, não chega perto do Dingoo. Possui um dos hardwares mais potentes do mercado.

Gemei X-760

É o irmão mais velho do Dingoo. Não fez tanto sucesso pelo seu design estranho e por ter apenas 4 botões.

JXD 300 e JXD 1000


Os irmãos JXD, o 300 possui uma tela de 2.8" e o 1000 uma tela de 4.3", essa é a única diferença entre eles. Com um design idêntico ao PSP oferecem um bom custo benefício, sendo uma das opções mais baratas. Não possui uma cena muito forte ainda, mas com tendências de melhoras.


JXD V3


De todos apresentados aqui é o mais novo, lançado em janeiro de 2010. Eu encomendei um (por falta de estoque do Dingoo A-320) e deve estar pra chegar. Possui um design que é um misto de Nintendo DS e PSP. Vem equipado com o chipset Sunplus 8000, que contém um processador ARM9. A cena ainda é pequena, mas tem grande potencial, existe já uma versão "semi-funcional" de Doom portado do PC. Uma das grande críticas feitas a ele é a ausência de shoulder buttons (botões de ombro, mais conhecidos com L e R), mas esses botões são substituidos pelos botões de volume nos emuladores. O preço é igual ao do Dingoo, porém como está com uma cena ainda embrionária, com praticamente nada desenvolvido até agora, acho que perde pra ele em custo x benefício, mas possui um hardware mais forte e mais potencial. Uma vantagem é que possui câmera de 3 mega pixels que fotografa e também filma.


Todos esses modelos tocam vídeos, músicas e possuem saída pra TV, o que é muito bom, pois jogar esses jogos de videogame em uma TV fica melhor ainda.

Bom, fazendo uma análise de preços e do que os aparelhos oferecem, o Dingoo se mostra como a melhor opção do momento, mas os JXD ainda possuem grande potencial de desenvolvimento, pois com os emuladores "nativos", aqueles que vêm junto do PMP, não há muita diferença entre o desempenho de um e de outro. Uma desvantagem dos modelos da JXD é não rodarem Neogeo e CPS1 e 2, como fazem os demais modelos. Mas o Dingoo também apresenta uma desvantagem, pois o Dingux não possui suporte à saída de TV, ou seja, todos os emuladores e jogos desenvolvidos e portados para esse Linux não poderão, ainda, rodar na sua TV. Agora é esperar para ver o que acontece, quais serão os próximos lançamentos, os próximos desenvolvimentos e ver também se alguma se interessa em importá-los, pois atualmente, o único modo de comprá-los é em site de lojas chinesas que entregam em outros países. A única coisa parecida que tivemos no Brasil foi o MD Play, da Tectoy, já extinto, que rodava os jogos do mega drive e foi descoberto que rodava roms através de Cartão SD, mas sem salvar o progresso dos jogos.

quinta-feira, 25 de março de 2010

50 grandes álbuns de rock que você deveria ouvir - parte 2

Continuando a lista:

45- Paul Stanley - Live to Win


Quando o Paul Stanley anunciou seu álbum solo, todos pensaram que viria mais um caça-níquel do KISS por aí, mas o álbum é surpreendentemente bom, traz algo um pouco diferente do que é o KISS, boas músicas no melhor estilo dele, umas mais melosas, outras mais rock "paulera"...


44- The Flaming Lips - Transmissions From The Satellite Heart


O Flaming Lips apresenta um conceito que eu acho muito interessante, o experimentalismo comercialmente aceitável, esse álbum de 1993 apresenta músicas muito boas, umas mais experimentais outras mais indie pop.


43- Yeah Yeah Yeahs - It's Blitz

Até hoje não sei se o nome da banda veio da "Yeah Yeah Yeah Song" do Flaming Lips, mas não vem ao caso. O álbum lançado em 2009 pela banda traz uma sonoridade um pouco experimental, um tanto eletrônica e um vocal feminino poderoso e hipnotizante.

42- Katy Perry - One of the boys


Muitas vezes a gente pode pegar birra com algum artista por ele fazer sucesso e virar "modinha", como no caso da Katy Perry, com "Hot'n Cold" e "I kissed a girl", mas as outras músicas do álbum são boas também, destaque para "One of the boys" e "If you can afford me".

41- Faichecleres - Indecente, imoral e sem vergonha


O álbum de estreia desses curitibanos porretas traz o puro rock, com letras impuras, impudicas até. Não são tão botequeiros quanto o Rock Rocket, mas igualmente cafajestes! Não são a salvação do rock, mas uma mostra de que o rock clássico ainda tem espaço.


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Até a parte 3!

segunda-feira, 22 de março de 2010

[Review] The Killers - Hot Fuss

Ontem, recebi o presente do meu primo que está morando na Austrália, depois de uns 3 meses na casa da minha tia, ela finalmente veio até em casa e me entregou o presente. O pior que eu não esperava, fui pego de surpresa e uma surpresa realmente agradável. Uma camiseta do The Killers, edição limitada do Hot Fuss, com uma estampa do single Mr. Brightside nas costas!

Com um presente desses, tive que ouvir de novo o album que há um tempo não ouvia e vim aqui então fazer um review dele.



Falar do Hot Fuss é muito fácil, posso descrevê-lo em 2 palavras: obra-prima!
Um album de estreia genial! Daqueles que você ouve de cabo a rabo e fica até triste quando percebe que ele está acabando. Os fãs de The Killers se dividem nas opiniões, muitos acham esse o melhor album da banda, outros veem um amadurecimento em Sam's Town e o credeciam como o Joshua Tree dos anos 2000. Para mim, o Hot Fuss é insuperável, o Sam's Town é um bom album, o Day & Age também é bom, mas não se comparam, quando você pega faixa a faixa, a consistência do álbum como um todo e não como 2 ou 3 músicas boas, falando nisso, segue a análise de cada faixa:

1- Jenny was a friend of mine - Um começo arrasador! Uma música intensa, tem uma linha de baixo impressionantemente boa. Tem cara mesmo de música para abrir álbuns, shows... faz parte da "Trilogia da Morte", que será explicada posteriormente. De 0 a 10: 9,5!


2- Mr. Brightside - AAAAA baladinha! Putz, a baladinha que qualquer banda gostaria de ter. Uma das mais "lentinhas" do álbum, bem tocada, bem composta... excelente música! De 0 a 10: 10!

3- Smile Like You Meant It - Uma boa abertura no teclado, uma boa linha de baixo e o Brandon cantando bem, como sempre. É uma música muito boa, muito mesmo! De 0 a 10: 9!


4- Somebody Told Me - A balada dançante! Aquela feita diretamente pras pistas de dança! E como foi bem feita, é uma excelente música, destoa um pouco do resto do álbum por ser alegre e dançante, características não tão presente nas demais músicas. De 0 a 10: 10!


5- All These Things That I've Done - Essa é espetacular! Utiliza muito bem o teclado na sua intro. Possui até um momento off, em que a música muda de ritmo, depois volta! Muito boa, mesmo. De 0 a 10: 9,5!

6- Andy, You're A Star
- O ponto fraco. É uma música boa, mas tem vezes que você prefere passar pra próxima, os teclados e os riffs de guitarra não são tão geniais quanto nas anteriores e o refrão é um pouco enjoativo... De 0 a 10: 7,5!

7- On Top
- Boa música, tem uns tecladinhos bem interessantes. Os outros instrumentos também são muito bem trabalhados. De 0 a 10: 9!

8- Indie Rock'n roll - A baladinha deprê. Se estiver inspirado, ouça, se não, passe pra próxima. O Brandon força bem o vocal nessa e o teclado tocando a mesma nota por horas pode perturbar, caso não esteja no clima pra ouvi-la. Ao invés de ouvir Legião, essa música é bem mais indicada para os momentos foça! É ótimo para o que se propõe. De 0 a 10: 8!

9- Believe Me Natalie
- Começa lentinha, você nem dá nada por ela, mas ela vai melhorando e ganha corpo suficiente para entrar no time de obras-primas desse álbum. É um pouco mais animadas que as 3 músicas que a antecederam, mas ainda assim não é tanto. De 0 a 10: 8,5!

10- Midnight Show - Uma boa linha de baixo, riffs legais de guitarra e uma história sendo "contada". Na verdade a música mais confude do que explica, na sua tentativa de contar a história. Nela não ouvimos o teclado com uma função tão destacada como nas demais, a não ser pelo final da música. Faz parte da "Trilogia da Morte" também. If you can keep a secret, I can keep a secret! De 0 a 10: 9,5!

11- Everything Will Be Alright - Lentinha, por oras até sonolenta. Desempenha bem a função de última música, mas caso não esteja tão inspirado, passe para o próximo álbum! Não tem nada a agregar à esse excelente álbum, sua função mesmo é só concluir a obra-prima. De 0 a 10: 7!

Bom, em geral, são músicas que possuem teclados legais, linhas de baixo muito bem feitas, riffs de guitarras que se encaixam bem, um vocal agradável de se ouvir e boas letras. O arzinho de eletrônico conferido pelo teclado e pela batida da bateria é algo que fez falta nos álbuns posteriores. E o fato do Brandon entrar numa onda de querer ser a mistura do Bono Vox com o Freddie Mercury acredito ter prejudicado um pouco, mesmo gostando bastante de todos os álbuns da banda. O Hot Fuss merece uma atenção especial, um lugar de destaque entre os melhores álbuns não só dos anos 2000, mas como da história do rock.

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A trilogia da morte: Leave the bourbon on the shelf, lançada no álbum Sawdust, seguida de Midnight Show e Jenny was a friend of mine, nessa ordem, formam a trilogia que conta a história de um namorado traído que resolve estrangular a namorada. "Leave" mostra o rapaz traumatizado ao saber da traição de sua namorada Jennifer, como no seguinte verso "Jennifer, tell me where I stand and who's that boy holding your hand?". "Midnight Show" conta o namorado levando Jennifer ao "show da meia noite" que nada mais seria do que o seu próprio assassinato. "Jenny was a friend of mine" mostra o namorado dando seu depoimento à polícia, negando o crime, como no verso "there's no motive for this crime, Jenny was a friend of mine".

Engraçado que em "Leave" ele se mostra muito apaixonado, em "Midnight" ele se mostra com ódio, agindo friamente e em "Jenny" ele tenta mostrar (para os policiais) que eles eram apenas amigos.

Existem outras músicas suspeitas de fazerem parte da história, mas não há nada comprovado, as músicas que a banda já afirmou que fazem parte da história são apenas essas. Quando você para pra analisar essas músicas e também as demais, começa a entender porque o nome da banda é The Killers.

quinta-feira, 11 de março de 2010

[Review] Teenage Mutant Ninja Turtles (2003)

Depois de conseguir zerar o Devil May Cry 4, finalmente, é hora de partir para outros jogos. Decidi começar por um mais antiguinho, aliás, baixei mais 2 jogos das tartarugas ninjas que devo fazer o review depois.



O jogo Teenage Mutant Ninja Turtles de 2003 não tem nada a ver com o filme e toda a sua arte, inclusive animações são sobre o desenho.



Bom, começando o jogo, temos menus simples, sem muitas opções (não sei se isso é bom ou ruim), mostrando que o jogo foi portado de algum video-game, mais provavelmente o PS2. O jogo não aceita resoluções widescreen, apenas as padrões 4x3.

O jogo é dividido em fases e as fases divididas em 5 ou 6 partes, o que para mim, fã de beat'em up é ruim, pois fica interrompendo o jogo diversas vezes. Feita a escolha do personagem, você não consegue mais voltar aos menus anteriores, tem que entrar na fase, na sub-fase e só depois dá pra sair. Outro ponto negativo é o fato de você só poder escolher um personagem, se quiser jogar com os demais, terá que começar o jogo do zero, com cada personagem. Há a opção de 2 players ao mesmo tempo, o que pode tornar o jogo mais interessante.



Os efeitos sonoros do menu são irritantes e o jogo tem um ar meio infantilóide!

Pronto, esses foram os aspectos negativos! Agora na hora que a ação começa, temos um belo jogo. Bonitos gráficos, naquele estilo de "desenho em 3D", que é usado também em outros jogos como Simpsons Hit & Run e alguns do Dragon Ball Z.


O personagem possui algumas opções variadas de ataque e acaba sendo divertido derrotar os adversários, alguns deles remetem aos primeiros jogos da série, para Arcade e NES, como os cachorros-robôs e os ninjas, o que acaba sendo mais um ponto positivo pro jogo, mas o efeito sonoro dizendo "GO" quando você mata todos os inimigos também é irritante e o fato de o jogo ter suas fases divididas acaba atrasando um pouco a vida...

Esse é um jogo que eu queria muito gostar, mas infelizmente não consigo, não plenamente, pretendo zerá-lo, mas não poderia recomendar a todos como um ótimo jogo. E o pior que por bobagens, pois a jogabilidade do jogo é legal, quem for fã do gênero ou das tartarugas, vale a pena conhecer, mas as limitações estão ai.

De 0 a 10? 6,5!

sábado, 6 de março de 2010

[Review] Show do Cachorro Grande (05/03/2010)

Ribeirão Preto, 05 de março de 2010. Pré-festa do Entorta bixo 2010. Um evento que teve uma fraca divulgação, afinal, toda a divulgação é pra festa mesmo, essa pré-festa acho que foi só pra esbanjar um pouco de dinheiro, pois a maioria que estava lá tinha cortesia ou pelo menos um bônus pra pagar só 10 reais pra entrar e mesmo assim não lotou.

O lugar não estava muito lotado na banda que antecedia o Cachorro Grande, uma dupla sertaneja, tudo a ver né? E o show que estava marcado para as 00:30 começou só às 01:45... MAS QUE SHOW!

Os últimos dois trabalhos do Cachorro Grande me decepcionaram, isso me preocupou um pouco sim, afinal as bandas sempre tendem a substituir lados-b's antigos bons por músicas medianas de cd's mais novos... mas nem foi muito o caso dessa vez!

O show começou com um instrumental de "Interligado", meio que avisando que o show ia começar, tanto que os integrantes da banda estavam chegando ao palco e se posicionando nessa hora, a primeira música, tipo a "The good, the bad, the ugly" nos shows do Ramones, música mesmo foi "Você não sabe o que perdeu", muito boa, seguida de "Dance Agora", single do álbum mais novo, que pode não ser a melhor, mas é uma boa música.



Não me lembro exatamente a sequência e quais foram todas as músicas que eles tocaram, mas o setlist foi bem legal, eles encerraram com as duas melhores, "Lunático" e "Sexperience", depois fizeram um bis tocando "I saw her standing there".

O espaço de tempo que o Beto Bruno (vocalista) ficou fora do palco foi muito bem preenchido pelos outros membros, o Rodolfo Krieger (baixista) cantando "Deixa Fudê", excelente música do álbum "Todos os tempos", o Marcelo Gross (guitarrista) cantando "Dia perfeito", o batera também cantou uma que eu nem sei o nome, só faltou o tecladista... #ficadica, fora os solos que eles faziam pra enrolar o tempo e esperar o vocalista voltar.



Apesar da boa setlist, sempre uma ou outra fica de fora, sempre uma ou outra que você não gosta acaba sendo tocada, no meu caso "Lili", que é um típico caso de Lado-B do primeiro álbum que segue o resto da carreira inteira no repertório.



As que faltaram na minha opinião: "As coisas que eu quero lhe falar", "Você pode até pegar", "Você me faz continuar" e "Debaixo do meu chapéu". Mas mesmo sem essas, foi um show e tanto, achei que foi bem melhor do que o primeiro show deles que eu fui e foi ótimo também, pena ter sido na pré-festa e na festa mesmo colocarem bandas que nem conheço tanto.